terça-feira, 22 de outubro de 2013

A Peregrinação no São Francisco, 20 anos depois. Uma compreensão comum.


“A peregrinação e os jejuns tornaram-se referências de luta não só para o São Francisco e o Nordeste, neste início de século XXI, ao fazer a ponte entre fé e vida, ecologia e política, indivíduo e sociedade, espiritualidade e luta. Para nós, ribeirinhos e lutadores do São Francisco, revisitar, reviver e manifestar este legado é reencontrar, a despeito da conjuntura adversa, as forças que nos movem a continuar até vencer”, afirma o agente da Comissão Pastoral da Terra – CPT-Bahia.
Há 20 anos o franciscano Luiz Cappio liderou a primeiraPeregrinação no Rio São Francisco, que nasce em Minas Gerais e atravessa os estados da Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas, para “sensibilizar e mobilizar as comunidades locais para a preservação do Rio”. Passadas duas décadas, o contexto dos moradores que vivem no entorno do Rio São Francisco “acentua os simbolismos desta celebração bidecenal”, diz Ruben Siqueira.
No próximo dia 15 de novembro, uma Romaria à Foz do São Francisco irá relembrar as ações iniciadas há duas décadas para demonstrar que a “conjuntura política e econômica atual não favorece e até recrudesce as ameaças sobre o São Francisco Rio e Povo”, assinala.
Na avaliação dele, “a retomada neodesenvolvimentista impõe mais projetos degradantes à bacia, os quais se somam aos antigos, o que aumenta o passivo socioambiental. São projetos como a transposição, centenas de barragens nos afluentes e subafluentes, imensos parques eólicos, mineradoras por todo o território, expansão do agronegócio monocultor, agrocombustíveis, ferrovias e outras obras de infraestrutura. Com os movimentos populares sob controle, desfibrados, mais difícil é resistir e, mais ainda, avançar em revitalização com protagonismo do povo organizado”. E dispara: “A dinâmica voltou a ser ‘correr atrás do prejuízo’”.
Entre os desafios da SFVivo para os próximos anos está o de constituir “núcleos de cidadania” nos municípios para fiscalizar, pressionar e exigir a expansão e a conclusão das obras de saneamento. E também a recuperação de microbacias com a participação das comunidades. De resto, garantir os territórios dos povos e comunidades tradicionais e enfrentar os projetos que mais degradam as condições do rio e do povo sanfranciscano. Como se vê, a peregrinação pela vida do rio e do seu povo não para.
Há 20 anos o franciscano Luiz Cappio liderou a primeiraPeregrinação no Rio São Francisco, que nasce em Minas Gerais e atravessa os estados da Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas, para “sensibilizar e mobilizar as comunidades locais para a preservação do Rio”. Passadas duas décadas, o contexto dos moradores que vivem no entorno do Rio São Francisco “acentua os simbolismos desta celebração bidecenal”, diz Ruben Siqueira.
Fonte:Instituto Humanitas Unisinos
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